quinta-feira, 8 de maio de 2008

Diálogo.


Jayme disse...

Grande Nilo, sendo bem sucinto e direto: o que você acha de colocar a carta dos intelectuais contra as cotas raciais?
Seria um bom tema, não?
Abraços

[em 6 de maio]
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Caro Jaime, não achei a carta, nem na integra nem em partes, só repercussões na impressa, como a que segue.
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O principal argumento, que está expresso nessa carta que estamos entregando ao presidente do STF, é exatamente a crença de que raça não existe e que portanto esse é um critério que não deve estar presente na formulação de políticas públicas, porque vai dividir o Brasil artificialmente entre brancos e negros”, afirma Yvonne Maggie, professora titular de Antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

[segundo a Agência Brasil]

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Mas se a carta, de fato, segue a linha do argumento acima, não trás nada de novo para o debate. E continuo me posicionando francamente à favor das cotas.
A questão colocada acima pela professora é batida: não existe raça enquanto categoria biológica; no entanto, a partir do momento que se discrimina certo grupo de indivíduos por caracteres físicos (cor de pele, cabelo e outros traços), se estabelece a divisão entre raças como uma categoria social. E assim, a essa discriminação, dá-se o nome de racismo.
Em tempo, ninguém "vai [no tempo futuro] dividir o Brasil artificialmente entre brancos e negro", isso foi feito quando aportou por aqui o primeiro navio negreiro.
Mas sem ler a tal carta, não posso dizer mais que isso. Se quiser enviá-la, faça e publicaremos, como de costume.
Grande abraço.