Claro que não é em Minas né cara-pálida?! Saiu no JB de hoje. As contas de luz das residências fluminenses vão ficar 4,8% mais baratas em média, podendo chegar até a 5,3%. Serão contempladas pela redução cerca de 10 milhões de pessoas, da capital e de mais 30 cidades do Rio de Janeiro.
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou o corte nas contas proposto pela Ligth, empresa que fornece a energia naquele estado. Segundo a empresa o valor da compra da energia, feita de Itaipu, caiu 20%, conseqüência da queda do dólar. Com isso o repasse pode ser feito para os consumidores.
Essa notícia do estado vizinho é boa para pensarmos a política do nosso governador, principalmente em relação à Cemig que esse ano gastou milhões em propaganda, com o slogan: “a melhor energia do Brasil”. Esqueceram porém de falar que é a segunda mais cara, para as residências, se comparar o kW/h. Em compensação as empresas e indústrias têm descontos consideráveis. Essa é a lógica do governo: quem tem muito paga pouco e quem tem pouco paga muito.
A muito vem tramitando na Assembléia Legislativa um projeto que isenta os consumidores que gastarem até 100 kW/h por mês. Nada mais justo. Quem gasta tão pouca energia não é porque quer, porque gosta, e sim por não ter condição de pagar suas contas, fazendo um controle enorme em seu orçamento e, na maioria das vezes, não tendo em casa o mínimo de eletrodomésticos necessários para uma vida confortável. (pegue a conta da sua casa e veja que, muito provavelmente, você gasta bem mais que isso).
A Cemig é uma das empresas mais valorizadas do país. Nada mais obvio. Ela detém o monopólio de um serviço essencial, e é o segundo mais caro do país. Não precisa ser nenhum gênio pra fazer disso um negócio rentável, claro que dependendo da competência da equipe a empresa pode faturar mais ou muito mais, nesse caso nunca pouco. Isso também é um fator para reflexão: qual o papel de uma empresa estatal que presta um serviço essencial à sociedade? Ter lucro ou gerar o bem comum? Não é preciso dizer o que pensa o sr. Aécio Neves e a sua turma do PSDB.
A queda do dólar foi a mesma em todo Brasil, as geradoras de energias não são tantas assim. O mínimo que poderíamos esperar é um posicionamento do Governo. Eu duvido. Enquanto isso vou pra aula todo dia escutando rádio e ouvindo o José Wilker falar da Cemig, tem aquela musiquinha também, que no começo era até legal mas agora já cansou.
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou o corte nas contas proposto pela Ligth, empresa que fornece a energia naquele estado. Segundo a empresa o valor da compra da energia, feita de Itaipu, caiu 20%, conseqüência da queda do dólar. Com isso o repasse pode ser feito para os consumidores.
Essa notícia do estado vizinho é boa para pensarmos a política do nosso governador, principalmente em relação à Cemig que esse ano gastou milhões em propaganda, com o slogan: “a melhor energia do Brasil”. Esqueceram porém de falar que é a segunda mais cara, para as residências, se comparar o kW/h. Em compensação as empresas e indústrias têm descontos consideráveis. Essa é a lógica do governo: quem tem muito paga pouco e quem tem pouco paga muito.
A muito vem tramitando na Assembléia Legislativa um projeto que isenta os consumidores que gastarem até 100 kW/h por mês. Nada mais justo. Quem gasta tão pouca energia não é porque quer, porque gosta, e sim por não ter condição de pagar suas contas, fazendo um controle enorme em seu orçamento e, na maioria das vezes, não tendo em casa o mínimo de eletrodomésticos necessários para uma vida confortável. (pegue a conta da sua casa e veja que, muito provavelmente, você gasta bem mais que isso).
A Cemig é uma das empresas mais valorizadas do país. Nada mais obvio. Ela detém o monopólio de um serviço essencial, e é o segundo mais caro do país. Não precisa ser nenhum gênio pra fazer disso um negócio rentável, claro que dependendo da competência da equipe a empresa pode faturar mais ou muito mais, nesse caso nunca pouco. Isso também é um fator para reflexão: qual o papel de uma empresa estatal que presta um serviço essencial à sociedade? Ter lucro ou gerar o bem comum? Não é preciso dizer o que pensa o sr. Aécio Neves e a sua turma do PSDB.
A queda do dólar foi a mesma em todo Brasil, as geradoras de energias não são tantas assim. O mínimo que poderíamos esperar é um posicionamento do Governo. Eu duvido. Enquanto isso vou pra aula todo dia escutando rádio e ouvindo o José Wilker falar da Cemig, tem aquela musiquinha também, que no começo era até legal mas agora já cansou.
7 comentários:
Desse assunto gosto muito...
Energia mais barata para industria EXELENTE!!! isso atrai investimentos em industrias... que geram empregos... que geram renda pra população... que compram mais coisas para serem ligadas a tomadas... que gastam mais energia... E é ai que começa a não bater a equação... Briga no preço de energia atraindo investidores para melhorar a qualidade de vida da população??? Uma óva... isso é para aumentar a arrecadação de impostos e ter de onde tirar mais e mais...
Essa motivação é uma lastima...
Fora o tanto que o Brasil é fraco na geração e investimentos na área...
Acho que o mundo acaba quando pararem de meter a mão em tudo!!!
Obs:Desse jeito vai faltar energia pra tocar a aparelhagem com todas suas Luzes e Neons !!! o que será do CyberEletroTecnoBREGA???
A light é completamente privada? Diferente da cemig, que o estado ainda detem majoritariedade?
Inclusive a cemig é acionista da light.
O que quero saber, e nao sei se alguém pode me dizer, é o papel do governo estadual na decisão do valor das tarifas.
Temos a aneel, federal, que entre outras coisas aprova ou desaprova os reajustes. Mas e o estado, o quanto manda?
Isso é coisa do Cabral?
Boas novas, da terra do pão de queijo:
A cemig anunciou redução no preço da tarifa para 2008.
Depois dos consecutivos e "imperceptiveis" reajustes de 9, 16, 24 e 19% nos últimos quatros anos, especialistas especulam uma redução em torno de 12%.
Onde vc viu isso??? será??? Ah é, 2008 é ano eleitoral. Mas nao deixa de ser uma boa noticia.
deu hoje, no uai.
http://www.uai.com.br/UAI/html/
sessao_4/2007/11/09/em_noticia
_interna,id_sessao=4&id_noticia
=37139/em_noticia_interna.shtml
Usando meus conhecimentos administrativos, vejo essa diferença de tarifas, como pura e simples estratégia empresarial.
O consórcio da Cemig detém 79,57% do capital da Light, consequentemente, tem grande influência nas decisões e estratégias da companhia.
O fato da CEMIG ser uma sociedade de economia mista traduz-se em inúmeras limitações de cunho jurídico e contábil que restringem sua competitividade frente às empresas privadas.
Portanto, creio que essa discussão vai muito além da motivação política.
A CEMIG, hoje, é a menina dos olhos do governo. Além dos grandes lucros, é fonte de políticas públicas midiáticas, como o "luz para todos", "campos de luz", etc. Mas até que ponto o governo interfere nas questões técnicas da instituição... não sei dizer.
Assim, como as políticas de exportação e importação da Petrobrás, poderíamos discutir por horas esses temas, mas creio que tudo ficaria na base da especulação.
Beijos.
n. real, concordamos que "o fato da CEMIG ser uma sociedade de economia mista" complexifica a questão.
Mas não acho que isto faça com que as coisas se tornem "pura e simples estratégia empresarial".
Muito pelo contrário. Sendo o Estado o acionista majoritário, deveria, na barganha com os outros acionistas, defender o interesse público.
É claro que por ser uma empresa, e mais ainda com participação do capital privado, a cemig busca o lucro.
Mas se o Estado aceitasse que uma empresa pública fosse dirigida sem levar em consideração o bem público, isso já seria uma postura política adotada.
Ser conivente com uma "estratégia empresarial" que aumentou os lucros da cemig em mais de 30% (no comparativo jan-set/2006, jan-set/2007) as custas do posto de segunda mais alta taxa de energia do país, é necessariamente opção política.
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