segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Particular.





Acontece em novembro o I Encontro Nacional de Estudantes do Prouni. Será realizado em São Paulo, com promoção da UNE, UEE-SP, CEMJ e MEC. O encontro tem como objetivo esclarecer algumas dúvidas recorrentes sobre o programa.

Algumas instituições adotam critérios diferentes para o Prouni. Dois dos pontos mais questionados são em relação à transferência de curso e ao direito de iniciação cientifica com bolsa. Nesse sentido é importante a participação do MEC. O programa é um só, não existe motivo para mudanças de critérios em faculdades diferentes. O Ministério deve elucidar aos presentes as regras, dando condições aos estudantes de reivindicarem seus direitos em suas instituições. Cabe ao MEC também fiscalizar o desempenho de cada faculdade.

Mas para avançar ainda mais o Encontro deveria tratar também da organização estudantil nas faculdades particulares. Pontos como Movimento Estudantil, acesso a universidade, privatização do ensino e o próprio Prouni devem entrar na pauta. Não faz sentido desperdiçar um momento tão propício sem uma discussão política. Se isso ocorrer os estudantes devem exigir que o MEC se ausente, ou esteja presente somente como receptor, garantindo assim a autonomia dos estudantes.

O Movimento Estudantil precisa da colaboração dessa nova esfera, que até pouco tempo não povoava as universidades. É importante pro ME e é importante para os estudantes, que terão contanto maior com a política, espaços para debater suas opiniões e oportunidades de refletir sobre a educação superior no país. O momento atual é muito rico para isso, tendo dois grandes temas como o Prouni e o Reuni.



Essa seria para rir.... se não fosse pra chorar:
A Procuradora Mariane Guimarães de Melo Oliveira quer acabar com um curso de Direito da Faculdade Alves Faria (ALFa) de Goiânia. Motivo: essa faculdade mantém uma turma com dois alunos, esses não fizeram vestibular e tem aulas só os dias que estão disponíveis, geralmente as segundas, sextas e sábados pela manhã. Os professores têm que se adequar aos horários, e a infra-estrutura da Faculdade está a disposição destes estudantes.

Quem são os privilegiados??? O Senador Marconi Perillo (PSDB-GO) e sua esposa Valéria. A faculdade alega que por se tratar de “alunos diferenciados” foi necessária uma turma especial, para não gerar tumulto em uma turma normal, afinal são celebridades.

A Procuradora diz que esta situação fere o principio da isonomia, que consta na Constituição. Aliás, passou longe disso, onde existe igualdade em uma turma que só pode ter dois alunos, sem vestibular e com tantas vantagens? Cabe aos órgãos competentes acabar com isso, principalmente o MEC. E o Senador? Que não deve ter nenhuma vergonha na cara já era de se esperar, mas não seria caso de quebra de decoro? O PSOL podia mais uma vez recorrer a sua especialidade: fazer uma representação no Conselho de Ética. Se no resto não estamos vendo trabalho nenhum pelo menos nisso eles são ativos.

A conferir...

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