quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Fazendo as contas.


Bom dia. Acordei com a cabeça cheia de números, e como não sou muito bom no trato com esses, resolvi partilhar com vocês minhas dúvidas e inquietações.

Como vocês devem ter ouvido por aí (ou visto na "imagem da semana."), ontem sete trechos de rodovias federais foram à leilão. Destes 5 foram abocanhados pela mesma empresa, de origem espanhola, que manteve os preços das tarifas bem abaixo do máximo estipulado pelo governo.

Para falar do que está no nosso quintal, a Rodovia Fernão Dias (Br-381, que liga Belo Horizonte a São Paulo), estava nesse balcão, e foi negociada na condição de construção de 8 praças de pedágios com o valor máximo de R$ 0,997 o valor da tarifa.

Depois de uma bela meia dúzia de anos "em obras" e "homens trabalhando", a Fernão dias pôde ser vendia à ponto de bala, completamente duplicada. Diferente de outros casos, onde a empresa responsável tem que reformar, duplicar ou contruir trechos das estradas, na BR-381 só precisam contruir as cancelas.

Foi quando comecei a me confundir todo com as contas. Não sei quantos carros passam por ali por dia, mas uma rodovia daquele porte, que liga duas capitais do sudeste e não passa dentro de cidades pode perfeitamente ter um fluxo diário de 100 mil veículos (só um palpite para podermos pensar em números. Podería supor 1 mi, mas prefiri errar para menos, para não ser acusado de tendencioso).

Cem mil veículos passando em 8 praças de pedágio. Ainda a outro ponto que me falta conhecimento: pedágio nenhum tem preço único; geralmente as tarifas variam por nímero de eixos dos automóveis; não sabemos a que os 99 centavos são referentes, se à veículos ou eixos. Mas continuando no meu raciocínio por baixo, suponhamos que seja por veículos. 100 mil veículos, passando por 8 pedágios a R$ 0,99 cada.

Tanto vezes tanto, vai um, desce nove, vezes tantos... e cheguei à bagatela de 797 mil reais de ganho no primeiro dia de funcionamento.

Prezando pela justiça, ainda não podemos falar em ganho líquido. Afinal houve gastos com a construção dos pedágios. Mais uma vez, nos falta conhecimentos e somos obrigados a trabalhar com suposições. Quanto será que custa uma praça de pedágio? 800 mil reais?! 1 milhão?! Que fosse, na primeira semana teríam pago, as 8. No mínimo, uma bela pexada!

Acordei confuso com essa matemática. Isso porque não fizemos as contas do cidadão/consumidor, que se complexifica com a questão do IPVA.

3 comentários:

Sávio disse...

Antes de entrar em qualquer mérito da questao só uma duvida: quanto a empresa pagou pela concessão da Fernão Dias?

LOUISE disse...

Sávio, acho que dificilmente vc terá resposta para todas essas questões... ontem mesmo tentei ler sobre o leilão, mas acho impressionante como n se consegue saber nada além do superficial sobre esses assuntos, já sobre o Renan...

Só um dado curioso para contribuir com a sua matemática, segundo o jornal da uol as tarifas que serão cobradas não serão as mesmas definidas durante o leilão de ontem. Os preços determinados estão baseados na tabela de julho de 2007, ou seja, as novas concessionárias começarão a efetiva cobrança de pedágio já com valores corrigidos pelo IPCA referente aos 12 meses anteriores ao primeiro dia de cobrança, já que os pedágios começarão funcionar em julho do ano que vem.

Ah! só mais uma questão esses preços poderão ser reajustados??? imagino que sim, mas baseado em quais índices?? n sei mas tenho o palpite que em pouquíssimo tempo estaremos pagando os valores exorbitantes cobrados em São Paulo!

é isso.... BJO

Anônimo disse...

Em são paulo tem a ECOVIAS que suga os pedagios na imigrantes-anchieta , aqui no sul tem a ECOSUL administradora dos pedagios sul rio grandenses, no Rio tem a ECORODOVIAS, que eu já vi mas não lembro qual trecho ela administra. As semelhanças não param no nome, todas tem o mesmo Logo, uma folhinha verde. Tenho uma pergunta!! Será que estas administradoras são do mesmo consorcio espanhol?